domingo, 22 de maio de 2011

Mi Buenos Aires Querido I

Obelisco de Buenos Aires
















O vento gélido do outono de Buenos Aires é cortante, como se farpas circulassem pelo ar, mas, não há melhor época para sentir o calor latino de nossos hermanos castelhanos do que as estações frias. O ar é impregnado pelo romance e pela tragédia. O tango pode ser apreciado nos espetáculos montados para turistas, no calçadão da Rua Florida, por artistas que não conseguiram se abrigar nas grandes casas de shows, ou ainda, nos Sábados pela noite, em San Telmo, quando casais que já ultrapassaram a casa dos 70 anos, reúnem-se sobre o luar e luzes coloridas penduradas entre árvores para mostrar que superaram todas as dificuldades da existência humana e ainda são apaixonados. As edificações, quase intactas do século XX, XIX, ou ainda mais antigas, decoram a cidade. Estátuas ao ar livre, que contornam os principais parques e avenidas, transformam Buenos Aires no mais belo antiquário aberto da América do Sul. Com poucos pesos, corta-se a cidade pelo sujo, mas lindamente coberto por azulejos, metrô. No interior da casa rosada, podemos admirar as mais belas peças de arte históricas, bem como, o atualíssimo frasco de álcool gel utilizado pela Presidenta Cristina Kirchner. A arte circula como sangue pelas artérias e veias movimentadas das suas ruas, calçadões e até mesmo cemitérios. Teatros por todos os lados, encenando as mais renomadas obras, como “Um Bonde Chamado Desejo”, “A Noviça Rebelde”, “Chicago”, etc. Os museus reproduzem a cultura e a história da América do Sul. A imponente faculdade de direito e ciências sociais, faz com que qualquer um, ao passar por seu portal, sinta-se como dentro do Partenon. Buenos Aires e uma flor gigante que encanta tanto de dia, como de noite. Sem dúvida, uma das mais belas cidades do hemisfério sul. Espero escrever a parte II em outra oportunidade.

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